terça-feira, 10 de maio de 2011

A onda mirabolante e febril dos stand ups!



Pessoas, um palco, luz, pedestal, microfone e pronto! O resto é subverter! Cada um monta o seu material e manda ver.
Isto obviamente cabe aos éticos, porque o que tem de gente roubando a idéia do outro é um absurdo... Estamos numa terra de ninguém onde provar é sempre subjetivo... Fora que temos que contar com o que está no inconsciente coletivo... É claro que o fato de o Bin Laden morrer gera um milhão de stand ups sobre terrorismo mundial e blá blá blá... Obama...blá blá... Dilma... À princípio ninguém copiou ninguém! Estamos todos vivendo no mesmo mundo... Graças a Deus, porque isto é um dado a menos de aprovação para teoria da existência de ETs.

O que está em jogo é um outro olhar das coisas já vistas, a novidade está em retirar de coisas aparentemente cotidianas um dado que as pessoas ainda não repararam e montar uma versão pra isso! Analogias é um trunfo muito usado para fazer algo comum se tornar interessante, dentre outros pequeninos caminhos para um material bem sucedido.

Acho que a febre tem sido tão grande que ao ser convidado para uma participação num show fui quase espancado verbalmente quando disse que não tinha um material de stand up. Passei alguns dias chocado com o fato... Saí como um maconhado durante uma semana tentando reparar no mundo, tentando não passar pelos detalhes das coisas que se apresentavam. Perdi uns cinco compromissos com essa nova filosofia, e algumas amizades também. E de repente juntei as coisas e montei um material, mas por ironia do destino ninguém me chama mais para fazer stand up. Não sei  exatamente se isso é bom ou ruim, acho que buscar o objetivo de fazer algo é o mais importante... o percurso às vezes te ensina mais que a chegada.

Se stand up é teatro, se stand up é para atores, se stand up é ou não é... Eu não tô nem aí!!!! No final só resta o julgamento de um público que vai dizer:

Isso é bom ou Isso é ruim.

Me sinto melhor por ter meu material. 

2 comentários:

Esdras Rocha disse...

Léo, o nome disso é tendência (trend, cool-hunting, etc.) e se você é um trendsetter, vc já teria feito um material para Stand-up há muito tempo. Isso é uma escolha de vida e que ao ver não prejudica a sua carreira.

O problema é que com o advento da participação online o diretor-produtor-realizador se vêem na obrigação de deixar que os TrendSetters -"Estrelas que se acendem num bujão de gás" - eleitos pelos participantes virtuais, escolham o que querem ver nos palcos. O que concordo em parte, pois a massa é burra e talvez seja essa uma explicação da baixa qualidade do que encontramos nos palcos.

Existe também o pensamento burro de achar que todo comediante/ator é por natureza um apresentador/stand-up. O modelo é semelhante, e por ter uma infra-estrutura semelhante ao de teatro, os "comedians" são confundidos com atores. Eu não acho que todo ator, por mais que tenha experiência com palcos tem bagagem atrativa de gerar conteúdo "stand-up" e vice-versa para interpretação.

Fica um pensamento a ser construido: Ver "subvertivos" da tv e/ou da propaganda nos palcos tentando cavar seu espaço como um segundo ofício e/ou desdobramento da tv para o "ao vivo-vivo", tem mais valor nos palcos ou na internet?

Quanto o papo de cópia, enfim a idéia taí. Todo mundo alcança e a corrida é para quem faz primeiro. Usar não é o problema. O problema se encontra na apropriação indébita da autoria.

É isso aí.

Abrááááá
(Saudação copiada do meu amigo Renato Lima, rsrsrs)

Léo Castro disse...

Valeu muleque!!!!! Obrigado pela valoroza contribuição... Não é à toa que você é um dos meus amigos que mais admiro! Um bjão!